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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

POVO DE SANTO VOTA ????????

 

Vocês sabiam que mais protestantes foram eleitos para vereadores, enquanto o povo do santo ficaram de fora?
por que será que isso aconteceu?
opção 1: o povo do santo votou nos pastores...
opção 2: o povo do santo não sabem em quem votou...
opção 3: o povo do santo não tem união.
Cadê a irmandade que todos enchem a boca pra falar, onde foi parar o amor pela religião e

a luta por ela?
Difícil isso não é...sabe qual a consequência para tal desleixo... perseguição, discriminação e marginalização...
Como acontecem na rede globo, haverá um "vale a pena ver de novo" acontecer com o candomblé. Isso não é exagero não!
Já foi sancionada a lei que proíbe tal ritual dentro do candomblé e quem sancionou tal lei foi um pastor que é completamente ignorante no que diz respeito a nossa religião.
E assim voltamos a ser escravos da sociedade...
Ninguém do povo do santo entendeu ainda que querem destruir nossa religião? primeiro eles colocam o diabo deles em nosso candomblé e depois acabam com nossos rituais sagrados.
E Tudo isso por que?
Pela falta de união entre o povo do axé, pela vaidade, pela luxuria, pela disputa de poder, e por profanar a religião.
O que é sagrado em nossa religião está sendo banalizado principalmente na internet, os nossos rituais estão sendo expostos e ridicularizados pelo próprio povo do santo.
Não existe respeito entre nações, entre axés, entre mais velhos e mais novos.
É um tentando desmoralizar o outro, ser mais que o outro. A palavra dada não é cumprida, é traição a todo momento, falsidade.
Não existe ética...
Isso muito me entristece, por que o candomblé é segredo, é sagrado e orixá é maravilhoso.
as receitinhas postadas nos ridicularizam, por que nem todos entendem ou aprenderam da forma postada, esses ensinamentos não devem sair de dentro do axé, por que não interessa as outras pessoas que ignoram a nossa religião.
E não importa o que você aprendeu ou aprende em seu ilê, ou quantos anos você tem, vc não tem o direito de desmoralizar o outro pra se mostrar superior...
Por essas e outras que não há união respeito e ética dentre os praticantes da religião (candomblé e umbanda) o que nos faz virar bonecos a mercê da vontade dos outros.
Parabéns pra gente por tal descaso de uns com os outros e por termos responsabilidade de elegermos pessoas que querem acabar com a nossa religião no poder!!!

Um comentário:

  1. Na tradição Yorubá a liderança religiosa é também uma liderança política. Isto porque na cosmovisão Yorubá não se separa o sagrado do profano, pois se entende que tudo, absolutamente tudo é sagrado. As árvores, o solo, as águas, o vento, a chuva, o ar, todos os elementos são manifestações divinas do poderoso Olodumare, senhor da Criação e de todo o Universo, segundo as crenças africanas. Sendo assim, não haveria sentido, a partir desta cosmovisão, em separar o religioso do político, pois ambos caminhariam juntos e estão interligados.

    No entanto, um dos elementos mais perversos da dominação colonialista foi nos incutir a mentalidade que religião e política não podem nem devem se misturar. Esta visão permitiu que centenas de gerações de negros e negras nascidos no Brasil não olhassem para a política, não a valorizassem, tornando-se, portanto, reféns daqueles que a fazem, os dominadores que vieram nas caravelas enquanto nós, que viemos nos navios negreiros não percebemos que a política, mesmo com o fim da escravidão, continuou a ser o principal elemento de dominação da população negra brasileira.
    No entanto, é chegada a hora de mudar esse colonialismo mental. Estamos prontos e queremos mudar essa história. Na verdade, queremos construir uma nova história a partir da conscientização do povo-de-santo da importância que tem o voto consciente a partir de debates em torno do voto consciente nos Terreiros. Esta campanha, iniciada em Salvador, já ganhou contornos nacionais e hoje o povo-de-santo do Brasil inteiro está mobilizado em torno deste slogan por compreender que é chegada a hora de ocuparmos, sim, os espaços políticos que nos são devidos. São os espaços onde, socialmente, são decididas as nossas vidas. Ao abrirmos mão da política damos a outros a oportunidade de falar por nós, nem sempre a nosso favor, enquanto outros setores organizam-se e ocupam cada vez mais espaços políticos e com isso acumulam forças direcionadas a nos contrariar e oprimir.
    É chegada a hora de dizermos um basta e contornarmos este problema. Com o voto consciente do povo de Axé devemos eleger pessoas de fato comprometidas com nossas causas, que falem nossa língua, entendam nossas dificuldades, compreendam nosso modo de ser e, mais importante, que estejam dispostas a serem verdadeiros guerreiros e guerreiras de nossas causas. Tradicionalmente, nunca foi fácil professar nossa fé no Brasil. Somos ofendidos, taxados de primitivos, cultuadores do mal, adoradores de coisas ruins, quando, na verdade, nossa concepção religiosa é tão bela, ampla e sofisticada que só mesmo passando por um longo processo de iniciação e aprendizado a pessoa terá condições de começar a compreender a dimensão sacra que têm as tradições de matrizes africanas. Atualmente, a intolerância religiosa tornou-se um dos maiores desafios à prática de nossa fé. De norte a sul do país estamos sendo atacados, às vezes de forma sutil, em outras com violência, pois para alguns grupos nós simplesmente não devemos existir ou devemos existir sob sua “supervisão e controle”.
    Mas não só existimos, como resistimos. Tornamos-nos cada dia mais fortes e hoje temos um grande diferencial: aprendemos a olhar além dos muros de nossos terreiros e compreendemos que para mantermos intacta nossa fé, precisamos romper as fronteiras e lutar pelo que é nosso. E é isso que faremos em 2012. Salvador será palco de um grande momento histórico em nosso país. O momento em que elegeremos gente nossa, gente que bate cabeça, toca atabaque, vira com santo, dança, ri e canta para os Orixás e aí sim, estaremos dando um importante passo na defesa dos nossos direitos.
    Ser de Axé é muito mais que trocar a bênção, vestir branco, é saber a importância do modo de ser e viver africano no Brasil e foi isso que as casas de terreiro preservaram ao longo de centenas de anos. Em 2012, inauguraremos a etapa em que não só afirmaremos que somos de Axé, mas que também votamos em pessoas de Axé, pois somente elas têm a legitimidade para nos representar e falar por nós. Sou do AXÈ e meu VOTO também é.

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